domingo, julho 03, 2005

sei que percebes...



Sabes que estou aqui para ti.
Sabes que sim, não é?... sim, sei que percebes.
Que compreendes que te diga que volto e, afinal, fique presa. Que queira saber mais, ler mais, ouvir mais... e me escoe o tempo sem marcha certa.
Mas importa que saibas, que percebas, que quando te escrevo (oh, e como me escrevo, quando a ti me lançam as letras a sair em disparada da ponta dos dedos...): Volto! - Faço-o/digo-o, porque, na verdade, eu vou estar sempre aqui!

… ainda que aconteçam “impressões esquisitas” no percurso entre o pensado/sentido ao verbalizado… mais ou menos como quando:

Às vezes parece que nenhuma palavra quer ver-se escrita, que nenhuma ideia deseja sair (para a apreciação dos outros), que nada, mesmo nada, deve ser (sequer) pensado…
Nessas horas, antes deixar tudo quieto, tudo estreito, tudo incerto… até que a luz surja e a respiração volte, num sopro, a fazer bater mais forte…
O peito.

11 Comments:

Blogger Sérgio Gonçalves said...

A vida faz-se numa montanha russa, e faz questão de ser assim.
Sempre que parece estarmos a cair vem uma escalada, forçosamente lenta, até à nova quase estagnação. Tudo começa de novo, sentindo no peito tudo a precipitar-se.

11:35 da tarde, julho 03, 2005  
Blogger maria said...

:)
Apetece sorrir, de cada vez que (num repente) parece que "alguém" que não nos conhece sabe tanto de nós!
É mesmo isto. "Tudo começa de novo..."

11:46 da tarde, julho 03, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Gostei do título do blog. Gostei da escrita. Vou voltar. Beijinhos

8:34 da manhã, julho 05, 2005  
Blogger Guillermo de Baskerville said...

Os sentimentos estão para lá das palavras. Abraçam o conhecido e o desconhecido, com base em confiança e na esperança.
As palavras não suportam sequer a totalidade dos conceitos, como poderiam elas suportar sentimentos...?
Os sentimentos transmitem-se numa linguagem telepática muda. Flúem pelos cinco sentidos e inundam a realidade...

A utopia de abraçar o universo em palavras, peca no início e na dimensão do amor.

11:10 da manhã, julho 05, 2005  
Blogger isabel mendes ferreira said...

Maria...obrigada.

9:16 da tarde, julho 05, 2005  
Blogger cbs said...

Maria
agradeço-te a visita aquela casa assombrada.

Um abraço

10:13 da manhã, julho 07, 2005  
Blogger isabel mendes ferreira said...

assustador como o ser humano esquece depressa não é?

4:30 da tarde, julho 07, 2005  
Blogger moon between golden stars said...

Agarra-me,
Segura-me,
O mais que puderes...
Não me deixes fugir porta fora,
Não me deixes perder-me por aí,
Não me deixes...
Segura-me junto a ti,
Para que te possa sentir.
Agarra-me,
Amarra-me,
Com toda a força que tiveres...
Não me deixes só,
Não me deixes cometer loucuras,
Não me deixes magoar,
Magoar-me!
Agarra-me antes que desapareça,
Que desvaneça num olhar,
E nunca mais volte a ser,
A viver...

Agarra-me,
Segura-me bem,
Para que a morte não chegue
E me leve para sempre.
Agarra-me,
Faz-me sentir-te bem por perto,
Amarra-me,
A ti,
Para que não morra
Com medo de te perder.
Segura-me,
Não me deixes ir embora
Da minha e da tua vida...
Agarra-me,
Segura-me,
Não me deixes partir.

Agarra-me,
Segura-me,
Não me deixes dizer adeus.

Um abraço grande

7:06 da tarde, julho 07, 2005  
Blogger Unknown said...

as nossas prisões, são piores do que aquelas que julgamos realmente existirem.

7:17 da tarde, julho 07, 2005  
Blogger Rita said...

'às vezes parece que nenhuma palavra quer ver-se escrita, que nenhuma ideia deseja sair (para a apreciação dos outros), que nada, mesmo nada, deve ser (sequer) pensado...'

bolas..
nem mais.

*

12:49 da manhã, julho 09, 2005  
Blogger Mónica said...

Não existiriam palavras para exprimir o que senti ao ler o teu poema, mas percebi que tinha escrito algo que poderia fazer-te entender o que senti:

"No mesmo vagão eu e alguém
conversa vai, conversa vem
chega a estação

Lembrança vai, lembrança vem
meu coração
ainda não desceu do trem"

5:09 da tarde, julho 11, 2005  

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