Isso mesmo: de cada vez que escrevemos é sobre quem somos que vamos deixando fluir, a cada letra...
terça-feira, agosto 23, 2005
sob o fumo cinza...
Coimbra está a arder... e, ontem, a marca de cor quente que na madrugada vi, era a linha de horizonte(s) que, nesta minha terra, tantas vezes, insisto (sentir sem querer sentir/dizer sem querer escrever) não existir ...
Que ao menos o fogo que nos rodeia a terra, maria, faça ferver em cabeças coimbrinhas novas ideias, novos caminhos, novos sonhos. Que o fogo, antes o purificador, depois o destruidor, se transforme agora num criador. Que não morra ninguém e nasçam esperanças.
desgraçadamente verdade... assim vamos, de trancas postas à esperança do fim do desespero e portas escancaradas à torrente de fogo por aí. em todo lado.
Eu tomo a atitude mais estúpida que se pode ter. Não vejo televisão, não leio jornais. Há já um mês que estou de férias de notícias.Mas tenho os meus filhos de férias e não me apetece ter a casa em fogo. Ok, eu sei o que é isto. Olha Maria o que eu queria mesmo, era dizer-te que quando me visitas ,é como se lá entrasses com um ramo de flores e as distribuísses pelos vários posts. É uma sensação engraçada e agradável. Obrigada.
dgp... há formas de simpatia que me fazem desejar imensamente saber enviar flores por esta via! É dessas, este instante! Visitar o Improptum é um salto a um jardim virtual que (me) faz bem regularmente apreciar!
Há momentos em que, só algum jeito de respirar para lá das cinzas, aquém das dores apenas pressentidas, permite sobreviver à dúvida da razão (será que há razão alguma para Isto?!)... à angústia, ao medo
ardeu o verde, esfumou-se o ar em volta e... na Mata de Vale de Canas, onde habitavam doentes, águias e outras aves pouco frequentes... que é feito delas? abriram-se-lhes as portas às asas? tiveram tempo?
Costumo dizer que há pessoas a quem não devemos agradecer... antes engrandecer (sim, de tornar maior aquilo que já as une!) é isso que quero fazer aqui, jrd, que irei num salto, dizer ao La Pipe! Sim... gosto da escrita do José Carlos Ary dos Santos... e sim, um Amigo... Conheci-O quando era muito miúda... talvez há mais de 30 anos... e Ele (a figura, o jeito, a voz, a palavra, a força...) ficou-me gravado na vontade! Sempre.
Sim... o poema vem muito muito a propósito! Bem-haja, jrd, pela lembrança, a presença, a força escrita!
Sem comandante ,sem imediato... marujos desatinados,velas arreadas, ao sabor do vento! Este navio não encontra porto seguro, urge trazermos ao de cima o nosso orgulho Pátrio, novas batalhas estão por aí, há que saber erguer o estandarte bem alto e dar por findo este desatino total,
Ontem fiquei chocado com o que se mostrou nos telejornais sobre os incêndios de Coimbra e o desespero de algumas famílias. Há muito que não vejo a primeira meia hora dos telejornais que são choncantérrirrimas. Exploram os sentimentos das pessoas ao máximo. Estou muito solidário, dentro do possível com as pessoas de Coimbra.
Sobre os fogos nas árvores, olha, é uma grandessíma gaita. É ignorância e brutalidade. Deve haver algures perdão para este tipo de anormalidade, mas eu não a sinto a mim.
11 Comments:
Coimbra arde e com ela um pouco-muito de nós...tristes e desamparados debaixo do sol à`sombra da impunidade de quem de direito....bom dia Maria....
Que ao menos o fogo que nos rodeia a terra, maria, faça ferver em cabeças coimbrinhas novas ideias, novos caminhos, novos sonhos. Que o fogo, antes o purificador, depois o destruidor, se transforme agora num criador. Que não morra ninguém e nasçam esperanças.
O país arde e uma raiva imensa apossa-se de mim.
Este país não existe... ou melhor, o Poder é constituído por inaptos.
Estou desolado.
desgraçadamente verdade...
assim vamos, de trancas postas à esperança do fim do desespero e portas escancaradas à torrente de fogo
por aí.
em todo lado.
Eu tomo a atitude mais estúpida que se pode ter. Não vejo televisão, não leio jornais. Há já um mês que estou de férias de notícias.Mas tenho os meus filhos de férias e não me apetece ter a casa em fogo. Ok, eu sei o que é isto.
Olha Maria o que eu queria mesmo, era dizer-te que quando me visitas ,é como se lá entrasses com um ramo de flores e as distribuísses pelos vários posts.
É uma sensação engraçada e agradável. Obrigada.
dgp... há formas de simpatia que me fazem desejar imensamente saber enviar flores por esta via! É dessas, este instante! Visitar o Improptum é um salto a um jardim virtual que (me) faz bem regularmente apreciar!
Há momentos em que,
só algum jeito de respirar para lá das cinzas,
aquém das dores apenas pressentidas,
permite sobreviver à dúvida da razão (será que há razão alguma para Isto?!)... à angústia, ao medo
ardeu o verde, esfumou-se o ar em volta e... na Mata de Vale de Canas, onde habitavam doentes, águias e outras aves pouco frequentes... que é feito delas? abriram-se-lhes as portas às asas? tiveram tempo?
Obrigada pela visita.
Sobre os fogos que dizer mais do que lamentar a incúria de um país?
Costumo dizer que há pessoas a quem não devemos agradecer... antes engrandecer (sim, de tornar maior aquilo que já as une!) é isso que quero fazer aqui, jrd, que irei num salto, dizer ao La Pipe!
Sim... gosto da escrita do José Carlos Ary dos Santos... e sim, um Amigo... Conheci-O quando era muito miúda... talvez há mais de 30 anos... e Ele (a figura, o jeito, a voz, a palavra, a força...) ficou-me gravado na vontade!
Sempre.
Sim... o poema vem muito muito a propósito!
Bem-haja, jrd, pela lembrança, a presença, a força escrita!
Um Navio à Deriva
Sem comandante ,sem imediato...
marujos desatinados,velas arreadas,
ao sabor do vento!
Este navio não encontra porto seguro,
urge trazermos ao de cima o nosso orgulho Pátrio,
novas batalhas estão por aí, há que
saber erguer o estandarte bem alto
e dar por findo este desatino total,
Ontem fiquei chocado com o que se mostrou nos telejornais sobre os incêndios de Coimbra e o desespero de algumas famílias. Há muito que não vejo a primeira meia hora dos telejornais que são choncantérrirrimas. Exploram os sentimentos das pessoas ao máximo. Estou muito solidário, dentro do possível com as pessoas de Coimbra.
Sobre os fogos nas árvores, olha, é uma grandessíma gaita. É ignorância e brutalidade. Deve haver algures perdão para este tipo de anormalidade, mas eu não a sinto a mim.
É tudo o que tenho para dizer.
"HROOOH!"
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