imprescindível escrever...
Há alturas em que tudo acontece e nada sobra para colar em letras.
Assim, como se uma rede ou um turbilhão, uma janela em forma de guilhotina, uma comporta, uma maré viva, uma monção… fizessem gala em vir juntas e impedir-nos de respirar. Paralisando os dias. Sufocando as palavras. Arrastando as ideias para longe demais dos nossos olhos e perto, tão perto, do que nos resta do coração.
Passou por mim um tempo desses… desde a volta da terra onde todas as entradas de casa mostram cores convidativas, onde a manteiga é mais suave e o verde a cor de vida.
Foi o computador de casa que resolveu adoecer e comer informação valiosa;
Pessoas e ausências que não podiam ter ido embora assim, sem aviso, demasiado depressa, sem darem tempo ao tempo de lhes pegar na mão e agradecer terem sido quem foram;
Horas e corridas nas azafamas tolas dos dias todos iguais e convencidos das prioridades antigas e assumidas como se únicas, inabaláveis… subitamente postas em causa.
Instantes em que tudo se leva à beirinha de um abismo de perguntas, de respostas simples, de dúvidas novas…
Aconteceram-me daqueles momentos certos em que, não havendo tempo para mais nada que o urgente das coisas inevitáveis, me vi seca e sem voz.
Precisava escrever e não tinha esta máquina que transporta o trautear do bater dos dedos para as frases que nos contam… quase pareço não saber escrever sem este teclado, esta coisa chamada computador, este canto da casa onde só de mim ouço e a todos posso ler…
Voltei.
E foi depois de escrever sobre a escrita que aqui consegui vir.
Encontrar-vos!
Procurar saber como estão!
Assim, como se uma rede ou um turbilhão, uma janela em forma de guilhotina, uma comporta, uma maré viva, uma monção… fizessem gala em vir juntas e impedir-nos de respirar. Paralisando os dias. Sufocando as palavras. Arrastando as ideias para longe demais dos nossos olhos e perto, tão perto, do que nos resta do coração.
Passou por mim um tempo desses… desde a volta da terra onde todas as entradas de casa mostram cores convidativas, onde a manteiga é mais suave e o verde a cor de vida.
Foi o computador de casa que resolveu adoecer e comer informação valiosa;
Pessoas e ausências que não podiam ter ido embora assim, sem aviso, demasiado depressa, sem darem tempo ao tempo de lhes pegar na mão e agradecer terem sido quem foram;
Horas e corridas nas azafamas tolas dos dias todos iguais e convencidos das prioridades antigas e assumidas como se únicas, inabaláveis… subitamente postas em causa.
Instantes em que tudo se leva à beirinha de um abismo de perguntas, de respostas simples, de dúvidas novas…
Aconteceram-me daqueles momentos certos em que, não havendo tempo para mais nada que o urgente das coisas inevitáveis, me vi seca e sem voz.
Precisava escrever e não tinha esta máquina que transporta o trautear do bater dos dedos para as frases que nos contam… quase pareço não saber escrever sem este teclado, esta coisa chamada computador, este canto da casa onde só de mim ouço e a todos posso ler…
Voltei.
E foi depois de escrever sobre a escrita que aqui consegui vir.
Encontrar-vos!
Procurar saber como estão!
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13 Comments:
- Saber que está de volta, vai ser, é já uma grande festa!
Neste momento bem melhor ao dar pelo teu retorno.
Sei dos momentos que falas e dos silêncios; felizmente sobram as palavras.
Um abraço
E também aqui estou, Maria, para ouvir respirar estas palavras assim, estes caminhos amigos, de afecto, de partilha... ob-ligado inabalável pelo reencontro, bom, de quem assim se escreve.
Até que enfim :D
Por falar em entradas de casas:
soportas
Estou bem... e apesar dessas contrariedades também estás de regresso.
É bom saber-te aí, fazes parte desta família.
Um beijo grande.
boa...olá....finalmente...já era tempo.agora sim...seja bem vinda...!abraço.
Agora que regressaste, estamos todos bem. E sabemos que estás aí e sei que estás onde deves estar, ao lado quem também te precisa sem ser escrita. Cãofuso? Não...
Xuacs
E como valeu a pena esperar!
Este texto está o máximo.
Bem vinda de novo ao Espaço.
A tua volta faz-me sentir os sintomas da Sindrome da Pensão Algarvia: Welcome, Bienvenus, Benvenidos, Wilkömen!
Ola Maria
Bem vinda. Desaparecer assim tão repentinamente deixou uma certa preocupação.
Que as ninfas te inundem de inspiração e que Hermes te traga sempre a ideia clara.
o bloco, o bloco que deve andar sempre connosco... não projectamos em tempo-real no mundo, mas descarregamos a palavra para que fique lá guardada até ao dia de ser feita, onlinamente falando, livre!
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